segunda-feira, março 26, 2007

Epidemia em Portugal

O principal sintoma é a falta de memória que afecta os infectados

Foi descoberta ontem uma epidemia que anda a afectar a população portuguesa, nos últimos anos. Os especialistas vêm dizer que se trata de Alzheimer, doença cujos sintomas são a crescente falta de memória e a consequente demência dos pacientes. Segundo alguns investigadores, a doença é inata à maior parte da população portuguesa, e não costuma manifestar-se, exceptuando nas alturas de eleições, onde se registam, por vezes, crises agudas da mesma.
Ainda prosseguem as investigações para encontrar o que despoletou a situação mas as maiores suspeitas caiem sobre o programa televisivo, os Grandes Portugueses, cuja votação popular pode ter sido a causadora da epidemia.
Os investigadores baseiam esta ideia de epidemia no facto de 41% dos votantes ter votado naquele que é o simbolo da tortura, da perseguição politica, do analfabetismo e da censura em Portugal. Afirmam que a única explicação, para esta votação, acaba por ser uma epidemia de Alzheimer, pois estes factos mostram uma grande incapacidade ao nivel da memória.
Já há duas semanas, se tinham presenciado casos de Alzheimer em Santa Comba Dão, quando se realizou uma manifestação a favor de Salazar, mais uma vez financiada pelo PNR. Houve um caso que chocou a opinião pública, que foi o caso de uma senhora dizer que Salazar estava vivo. Soubemos de fonte segura, que a senhora já foi internada mas que a recuperação está a ser bastante dificil.
De facto, é chocante pensar nas consequências desta doença terrivel que é o Alzheimer.
Esperam-se novos desenvolvimentos nos próximos dias.

terça-feira, março 20, 2007

Velho num corpo de Rapaz

Não são poucas as vezes em que me questiono sobre isto...

Terei eu nascido na época errada?
Afinal todos os meus idolos estão mortos.

Bob Marley, Che Guevara, Zeca Afonso, entre outros, todos homens duma época em que por um lado gostava de ter vivido, mas que, por outro, me traz a sensação de que teria medo se nela vivesse.
Uma época com problemas a sério, em que pessoas eram mortas por opiniões, mas que por isso mesmo, a tornava numa época mais aliciante, um desafio maior. Uma época de luta a sério.
Por um lado, sinto uma alegria imensa por não ter de se lutar tanto, mas por outro uma inveja de quem nela participou.
Hoje, viver, é facil de mais, por muito que as pessoas se queixem são poucas as que têm problemas a sério, problemas como os daquela época.
Não querendo dizer que o mundo actual é perfeito, longe disso, mas a luta feita hoje em dia comparada com a das épocas passadas parece superficial, individualista, inferior, menos valiosa.

Será masoquismo? O desejo de viver numa época como aquela?
Ou será apenas uma falta de identificação com a época actual?

Uma época de plástico, baseada no culto da imagem, no consumismo, na conversa fútil, no desinteresse pela política, na falta de civismo e solidariedade, no individualismo... Há sempre excepções, mal de nós se não as houvesse, mas são excepções, raridades.

A música pode ser levada como exemplo do que digo:

Ao ouvir as canções de intervenção de Zeca Afonso e Bob Marley, o liricismo poético de Bob Dylan e Jim Morrisson, a voz perfurante de Janis Joplin e a guitarra psicadélica de Jimi Hendrix, sinto nojo do actual panorama musical, em que qualquer um pega num microfone e mostra a sua falta de talento e de trabalho, compensada pelos apetrechos que usa ao pescoço ou por uma cara bonita. Mais uma vez há excepções, mas são mantidas no anonimato, longe desses admiradores de futilidade e não de qualidade, que acabam por manter os fúteis vivos e os bons mortos.

Ao ler e ouvir as histórias de fugas à PIDE, de reuniões secretas, de manifestações estudantis, de revoluções, há uma emoção que cresce, um sentimento de inveja, mas no entanto, um sentimento de alivio por não o ter que fazer.

No fundo vivo numa contradição. E isso nota-se muitas vezes no meu discurso.

Serei eu um Velho saudosista no corpo dum Rapaz mimado?
Ou apenas um Rapaz desmotivado pelo Presente a que está preso?

Sinceramente não sei, mas não me importava de descobrir.

sexta-feira, março 09, 2007

Musica Para o Povo

Numa tentativa de divulgar musicas novas e recordar musicas antigas.

Desde o Soul ao Funk e do Reggae ao Rock, entre outros, irei tentar pôr ali um pouco de tudo, novo e antigo, mas sempre com boa qualidade. Sem polémicas, sem críticas, apenas musica.

Dêem uma vista de olhos e divirtam-se, pois essa função que a musica assume, de mudar estados de espirito e consciencias, é a mais importante de todas, senão a única...

www.musicaparaopovo.blogspot.com